Imagine a seguinte situação: você passa seis meses procurando um imóvel, encontra um que lhe agrada, assina o compromisso de compra e venda, mas, quando vai ao banco pedir o empréstimo para fechar o negócio, descobre que não conseguirá o montante que desejava. Vai tudo por água abaixo. Para evitar a frustração, o melhor é saber quanto consegue financiar antes de fechar o negócio.
Se você pretende financiar a compra, procure fazer uma simulação de empréstimo para pagar sua casa nos bancos de sua preferência antes mesmo de começar a procurar. Ela se chama crédito pré-aprovado, e muitos bancos fazem isso para você, sem cobrar nada. Trata-se de uma forma simples de saber quanto de sua renda ficará comprometida com as parcelas. Depois disso, faça um teste: reserve o dinheiro que pretende usar para pagar o empréstimo todos os meses. Se sentir dificuldade, isso significa que deve financiar um valor menor, ou postergar ao máximo o prazo de pagamento (se já não estiver usando o limite), para reduzir o valor das prestações. Muita gente planeja a compra num bom momento financeiro, sem imaginar que dificuldades podem aparecer. Os rendimentos sobem e descem. Imprevistos, como doença na família ou perda de emprego, acontecem. Principalmente num momento em que a economia do país cresce menos. Sempre é bom ter uma sobra de caixa para atravessar o período difícil.
Converse com um bom agente imobiliário. Ele pode aconselhá-lo sobre todos os aspectos relacionados à compra de um imóvel, incluindo as despesas de compra e venda, como custos dos cartórios e imposto de transmissão de bens imobiliários (ITBI), que varia conforme o município.
Ao coletar informação, não seja muito confiante. Não tenha receio de admitir que você não sabe tudo, pois pode estar errado.
O financiamento é a opção mais comum para a compra, mas exige o pagamento de uma entrada, que varia de acordo com a linha de crédito e o tipo de imóvel e, geralmente, começa em 10% do valor total.
Contudo, o valor exigido também é influenciado pela sua renda. O valor das parcelas são limitadas a 30% dos seus rendimentos brutos, e isso pode modificar o montante que você desembolsará com a entrada.
A dica, é simular com diversas instituições financeiras para verificar qual o valor de entrada exigido para o seu perfil de crédito. Dessa forma, você também já analisa o valor das parcelas e demais condições ofertadas.
Não basta planejar o pagamento da entrada: você precisa considerar o valor das parcelas para ter tranquilidade com a quitação do imóvel. Não adianta assumir prestações muito altas, que comprometerão o seu padrão de vida e podem se tornar inviáveis diante de imprevistos.
Analise o orçamento com atenção para definir o limite no valor da parcela e mantenha sempre uma reserva financeira para o caso de imprevistos. Outro cuidado importante é considerar as outras despesas envolvidas na aquisição, como taxas de cartório, vistoria do imóvel, impostos e mudança.
Existem pelo menos 3 formas de comprar um imóvel, sendo elas:
• A compra à vista
• A compra financiada – com um banco ou com a construtora
• Através de Consórcio Habitacional – por meio de uma carta de crédito
Existem vários tipos de financiamento imobiliário. Mas um sempre oferece mais vantagem em relação ao outro quando o assunto é o valor total do imóvel e prestações do financiamento com o banco. Veja a seguir:
Sistema Price: neste sistema as prestações do financiamento são fixas, e a medida em que você paga as parcelas, os juros vão diminuindo e o tempo de financiamento se mantém.
SAC: já no sistema de amortização constante (SAC) a medida em que as parcelas do financiamento são quitadas, no início os pagamentos são maiores, mas com o tempo o seu saldo devedor acaba diminuindo mais rápido, pois o valor total de juros do financiamento foi amortizado em grande parte.
Sacre: pelo sistema de amortização crescente (Sacre) o valor das prestações de seu financiamento passa a aumentar de valor até um certo ponto, até que ela começa a diminuir, devido às amortizações feitas.
Sistema Financeiro de Habitação: mais conhecido como SFH é o financiamento realizado pelo Governo Federal que utiliza os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Sistema de Financiamento Imobiliário: o SFI também é gerenciado pelo Governo Federal e foi criado com o objetivo de complementar o SFH. A diferença entre os dois é que neste tipo de financiamento acaba sendo um risco maior para quem o utiliza. Pois os valores do financiamento podem variar, já que nele não é exigido um teto máximo na avaliação do imóvel nem de comprometimento do valor da renda por parte do comprador.
Programa habitacional: o mais popular dos tipos de financiamento e o que a maior parte da população brasileira que tem renda familiar de até R$ 8 mil reais consegue financiar um imóvel de até R$ 190 mil. O subsídio do programa habitacional também é gerenciado pelo Governo Federal.
O uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) permite usar o valor disponível na conta do trabalhador para comprar a casa própria. No entanto, é preciso cumprir alguns requisitos que são exigidos pelo Governo Federal. Veja quais são:
• Ter no mínimo três anos de trabalho com carteira assinada. O período não precisa ser contínuo para que se encaixe nos requisitos. Na prática, você pode ter sido empregado por um período em 2018 e outro em 2020, desde que complete três anos na soma total;
• Não possuir nenhum financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) dentro das informações registradas em território nacional;
• Não ter nenhum imóvel de sua propriedade no município em que pretende comprar a nova casa;
• Morar ou trabalhar no município onde pretende comprar o imóvel com o FGTS.
Assim, é preciso ter todos os documentos solicitados para que o trabalhador comprove que está apto a sacar o FGTS. Além disso, entram na lista também uma cópia do IPTU do apartamento ou casa a serem comprados e a certidão de matrícula. Tudo isso tem o objetivo de comprovar que o imóvel está registrado como regular e disponível para o procedimento.
O corretor de imóveis é um profissional que tem formação atualizada e que, atuando de forma ética e em parceria com uma empresa idônea, certamente irá lhe conduzir a um bom negócio de venda e facilitar os processos burocráticos envolvidos na compra e venda de imóveis. Ele vai te acompanhar em todas as etapas da negociação, examinando documentos e cuidando de todas as fases do negócio para que você tenha segurança para realizar uma boa compra ou uma boa venda do seu imóvel.
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